Review | LEGO Batman: O Filme
Apesar de ter sido esnobado em
várias premiações, Uma Aventura LEGO (The LEGO Movie) foi uma das animações
mais aclamadas de 2014 e, com poucos rivais de peso, pode muito bem ser
considerado o melhor filme do gênero daquele ano. Três anos se passaram e esse
ano a Warner nos traz mais dois filmes desse universo aos cinemas: The LEGO
Batman Movie e The LEGO Ninjago Movie. Nessa última quinta-feira, foi lançado o
do homem-morcego.
Desde já é bom destacar que LEGO
Batman: O Filme não faz parte da mesma cronologia dos outros filmes de LEGO
Batman, esses lançados diretamente para TV ou home-video, ou então aos três
games dele. O filme é uma sequência/spin-off de Uma Aventura LEGO, mantendo o
visual, personalidade e dublador (Will Arnett) daquele Batman, agora em seu
Universo LEGO da DC.
O filme começa já revelando seu
estilo desde a introdução. Batman narrando o filme desde as intros da
Warner e de outras empresas, fazendo citações filosóficas, comentando seu
físico, entre outras coisas. Em seguida vemos um avião cheio de explosivos
pedindo permissão para sobrevoar Gotham City, fazendo questão de destacar que
aquela é a cidade mais perigosa do mundo. Após já ficar claro o tom
absurdamente irônico do filme, Coringa (Zack Galifianakis) invade o avião e
bota em ação mais um de seus típicos planos, esses também ironizados, pelo fato
de sempre fracassarem por culpa do Batman.
Como previsto, Coringa faz aquele
típico carnaval, Batman aparece, derrota todos e salva o dia, isso após o mesmo
menosprezar sua rivalidade com o Coringa, deixando claro para o mesmo que ele
não é nada em sua vida. Após a vitória do dia, Batman volta para casa, em sua
rotina solitária e melancólica com Alfred (Ralph Fiennes), que mais do que
nunca atua como o pai adotivo de Bruce.
Logo após esses acontecimentos
iniciais, temos a grande festa de aposentadoria do Comissário Gordon, que dará
lugar à sua filha Bárbara (Rosario Dawson), essa que logo em sua estreia
apresenta a proposta de dar fim aos justiceiros (vulgo Batman) e fazê-los se
unir de forma legal à polícia. Na mesma festa, um jovem órfão chamado Dick
Grayson (Michael Cera) pela primeira vez se encontra com Bruce Wayne, assim
como Coringa toma uma atitude completamente inesperada.
A partir dos acontecimentos dessa
festa o filme se desenvolve, com desde o modo egoísta de Batman em transformar
Dick no Robin até o grande plano de Coringa para provar que é realmente o
arqui-inimigo do morcego.
Como comentei no início, o filme
possui uma enorme veia irônica e cômica. O filme durante suas quase 2 horas faz
piada com tudo e todos daquele universo de Gotham, assim como de outros pontos
do Universo DC. Tudo aquilo que, numa visão real, é absolutamente ridículo em
HQs, desenhos e filmes do Batman se torna humor, como a mente psicótica de
Bruce, os vários vilões esquecidos, a criminalidade interminável em Gotham
(mesmo com um dos maiores heróis vivendo lá), as coincidências nas narrativas,
entre outras coisas.
Não se privando ao universo em
si, ele tira sarro de todo o cânone da franquia Batman, fazendo piada sobre
todas as suas fases, seja a atual do Zack Snyder, do Nolan, a fase dos bat-mamilos,
a fase gótica, a fase do Frank Miller e obviamente a fase dos anos 60, que é o
maior motivo de risos do filme todo. O filme sempre faz piada sobre os mais de
70 anos do personagem, da Liga da Justiça, e como o personagem vive de crises
que o fazem mudar totalmente de personalidade. E é unificando tudo isso que o
filme se torna um grande presente aos fãs, unindo o humor de Batman ’66 com o
visual do uniforme inspirado no Batman interpretado pelo Michael Keaton, além
da Gotham colorida e exagerada, como nos filmes do Joel Schumacher, assim como
a grande rivalidade do personagem com o Superman, como no último filme e em
Dark Knight Returns.
Apesar do filme ser vendido para
um público infantil, um proveito pleno do filme só é possível com uma certa
maturidade, ou com um bom conhecimento do personagem. Além dos vários aspectos
que já citei de várias versões do personagem, o filme sempre cita ou possui
easter eggs de coisas menores, como o ridículo spray anti-tubarão, citação ao
Prince (que fez o tema principal do filme de 1989) ou o Duas-Caras dublado e
com a aparência de Billy Dee Williams, eterno Lando Calrissian, mas que também
interpretou Harvey Dent no filme de 1989, bem antes de Tommy Lee Jones. Também
é possível destacar algumas insinuações visuais ou nos diálogos ironizando as famosas
piadas sobre a sexualidade do Batman e a relação dele com o Robin e o Coringa.
Ah, e há piadas ironizando até mesmo a qualidade de Esquadrão Suicida. Um ótimo
trabalho que se deve provavelmente ao diretor Chris McKay, que já trabalhou com
Frango Robô.
Nem só de auto referências o filme
vive, trazendo para tela, assim como no filme anterior, personagens de outras
franquias, como Doctor Who, Senhor dos Anéis, Matrix e Harry Potter, isso sem
falar nas piadas com filmes românticos como Escrito nas Estrelas. Apesar do
filme ser autocontido, ele em breves frames mostra o buraco infinito e o Emmet,
presentes em Uma Aventura LEGO, assim como Batman dizer ser um construtor,
mesmo que em nenhum momento cite o plot-twist do filme, mesmo deixando
subentendido quando explicam a estrutura da ilha de Gotham.
O filme possui uma narrativa bem
leve e dinâmica, que em nenhum momento cansa. Ele sabe lidar bem com o drama e
a mensagem que tenta passar, sobre como é necessário trabalhar em equipe e cultivar família e amigos. Todos os personagens possuem carisma, se
relacionando bem. O visual dos personagens é bem caracterizado e inspirado nos
dubladores originais, tudo em CG de qualidade surpreendente, muito superior aos
filmes home video de LEGO. Aproveitando a deixa sobre os dubladores, o trabalho
nacional é de extrema qualidade, trazendo os dubladores oficiais de todos os
personagens, além de saber muito bem adaptar os diálogos, em uma pegada bastante
semelhante a Yu Yu Hakusho, com várias piadas regionais, que em nenhum momento
comprometem a qualidade do filme.
A trilha sonora é um show à
parte. Além das músicas bem bacanas feitas apenas para o filme, o mesmo
apresenta uma trilha totalmente “brega” e oitentista, que combina perfeitamente
com o clima e o humor do filme. Temos (I Just) Died in Your Arms, Never Gonna
Give You Up, Wake Me Up Before You Go-Go, entre outros hits clássicos.
Sendo um filme ainda melhor que
seu antecessor, LEGO Batman: O Filme não só já ganha vantagem como provável
melhor animação do ano (que novamente está pouco competitivo, com base no que
já foi anunciado), como dá um novo gás à Warner e à DC, finalmente lançando um
filme de super-heróis para o cinema que é indiscutivelmente ótimo, com quase nenhum porém (e
no caso dos filmes recentes, os “porém” são bem grandes) e nos fazendo torcer
para que o filme, em alguns aspectos, sirva de exemplo para alguns dos futuros
live-actions. Em um plano geral, é a melhor adaptação da DC para os cinemas
desde Cavaleiro das Trevas, de 2008.
Um filme mais que divertido, a história de Batman parecia muito engraçada. Outro do mesmo gênero é Lego Ninja Go. Na verdade não sou muito fã de ver filmes de animação, mas eu adorei este. A história é muito divertida e original, pelo mesmo, tanto crianças como adultos podem desfrutar dele. O ritmo da historia é ameno e a mensagem que tem o filme é muito fofa, definitivamente recomendado. Sem dúvida, Lego Ninja Go é um dos melhores filmes que estrearam o ano passado.
ResponderExcluirA resenha é boa tambem o filme, tem personagens muito lindos. Gosto muito assistir filmes divertidos é Lego Ninjago o filme um dos mais divertidos que já vi, gostei muito como se desenvolve a história, o roteiro é muito divertido para pequenos e grandes, em todo momento nos fazem rir. Sou fã da Lego Saga, este é um filme que sem importar o estado de animo em que você se encontre, irá lhe ajudar a relaxar um pouco.
ResponderExcluirEu amei este filme de Lego! Além de Batman o filme de Lego Ninjago é um dos melhores filmes que eu também vi até agora. Acho que os filmes para crianças sempre serão para todos, por que em cada um nos vemos uma mensagem muito importante que às vezes esquecemos pela rotina. Esse é um filme Lego para pequenos que tem uma historia maravilhosa. Recomendo, você irá gargalhar e os personagens são adoráveis. Se alguém ainda não viu, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza. O filme superou as minhas expectativas.
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