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O Ápice e a Ruína da Nintendo no Brasil Parte II: É Nintendo ou Nada!


Olá pessoal, tudo bem? Como prometido, mais uma parte sobre a série "O Ápice e a Ruína da Nintendo no Brasil". No episódio de hoje iremos ver todo o final da fase da Gradiente como distribuidora da Nintendo no país, desde o fim da Playtronic até o lançamento do Game Cube. Ah, e antes que achem que vou finalizar por aqui, já adianto que pretendo chegar até os momentos atuais, além de haver um ou dois capítulos "extras", que não sei se colocarei antes ou depois.

LINK DA PARTE I

OSTzinha de hoje é essa aqui:



Apenas a Gradiente se mantém no jogo

As coisas pareciam andar bem no projeto da Playtronic, até que, em 1996, simplesmente a Estrela abandona o barco por alguma razão desconhecida. A partir daí, a Playtronic fica conhecida como Gradiente Entertainment Ltda. Acabou que não houve nenhuma grande mudança com essa alteração, com tudo seguindo seu rumo, até mesmo evoluindo e melhorando.

Em algumas páginas de revista que deixarei pelo artigo vocês verão que, junto com a notícia da vinda da Nintendo pra cá, também havia sido anunciado o novo console da Nintendo, com espetaculares 64 bits. Três anos se passaram e esse projeto veio as lojas com o nome de Nintendo 64. O console veio a ser lançado um ano depois no Brasil, e talvez tenha sido uma das melhores fases da Gradiente.

Nessa época, na quinta geração, tínhamos 5 consoles. Os dois primeiros foram o Jaguar e o 3DO, esses que fracassaram antes mesmo de terem grandes rivais. Os outros três eram o já dito Nintendo 64, o PlayStation e o Sega Saturn. Vamos consideram apenas os 3 últimos. O PlayStation só era comercializado via mercado cinza e através de algumas poucas lojas grandes que resolviam importa-los. O Saturn, bem, ele foi quase que um fracasso nos EUA e Europa, tendo um sucesso mediano no Japão. Essa situação se refletiu no Brasil, aonde o console chegou por um preço exorbitante. Com isso o Nintendo 64 viu seu caminho livre “oficialmente”, já que muitos ainda preferiam mercado cinza só para ter o PlayStation.

"...é muito mais provável que a Nintendo opte pelos jogos em CD..." kkkk


O Nintendo 64 teve grande marketing em cima, com quase todos os acessórios americanos lançados oficialmente no Brasil, além do próprio console ter recebido uma série de modelos, baseado em “sabores”, os quais possuíam carcaças transparentes de cores diferentes, podendo assim você ter um Nintendo 64 diferente do seu amigo, por exemplo.

Mesmo sendo um portátil relativamente velho (lançado ainda na época do NES), o GameBoy, assim como no resto do mundo, teve uma grande vida útil. Ocorreu um grande apelo comercial para a venda do portátil durante a fase Gradiente, o que garantiu simplesmente o esquecimento do Game Gear, passando por cima da TecToy, que agora sofria com o Saturn também.







Sem dúvida, algo que melhorou MUITO na fase Gradiente foram os comerciais. Sem dúvida foram comerciais bem famosos e marcantes para a criançada da época, além de cravar um slogan ótimo que foi “Nintendo ou Nada”.  O primeiro no caso foi o chamado "Filosofia de Uma Empresa de Sucesso", o qual destacava a busca por dificuldade nos jogos pra Nintendo, numa propaganda engraçada e até um tanto contraditória pros dias de hoje, rs




Além disso agora os comerciais eram 100% nacionais (como esse acima), ao invés de adaptações de comerciais americanos, como na fase Playtronic. Tem o famoso do casal de macacos, mas um destaque é para a atriz Marisol Ribeiro ainda criança no de Mario Kart 64.









Ok, ok, ainda haviam adaptações de comerciais gringos, mas a maioria dos comerciais eram mais simples, de puro texto mesmo.






(Tem um de 007 perdido por aí, gravado com uma câmera, mas não acho mais o vídeo sozinho)

Pokémon e os novos Game Boy


Durante os anos de 1998 e 1999 surgiram dois fenômenos: Pokémon (esse que já havia sido lançado em 1996 no Japão) e o GameBoy Color. Realmente essa foi uma dupla de sucesso, por uma série de fatores. O GameBoy Color era uma versão menor e mais potente do original, agora sendo possível jogar com cores seus jogos. Já Pokémon, iniciado em Red e Blue, eram jogos para o GAMEBOY ORIGINAL, logo, até mesmo quem não tinha condições de ter um GBC, podia jogá-lo em um GameBoy comum.

Além disso Pokémon surgiu como uma marca de ultra potencial, e a Nintendo sabia (e a inda sabe) como usar esse potencial. Vários spin-offs surgiram, tanto para GameBoy quanto para Nintendo 64, sequências eram lançadas, desenhos animados, cards, bonecos, brindes (Caçulinha), etc. Sem dúvida foi uma febre que durou anos, logo, material para OUTRA PARTE. Voltando ao GBC, mais uma jogada de marketing: assim como o Nintendo 64, o GBC também possui várias versões, várias cores, podendo ser normal ou transparente, se tornando um sucesso arrasador.

O Declínio da Nintendo


Anos se passavam e a situação começava a ficar mais morna. Pokémon ainda era super popular, o Nintendo 64 tinha incríveis clássicos como The Legend of Zelda: Ocarina of Time e Super Smash Bros., mas a situação estava ficando igual ao resto do mundo. A falta de outras grandes franquias como Final Fantasy e outros RPGs levava ao console um esquecimento do público, que preferia não ter garantia ou coisas do tipo, só para poder jogar PlayStation. Nem mesmo alguns multiplataformas como Resident Evil 2 salvavam a situação. No lado da TecToy também havia surgido o Dreamcast, que mesmo vendendo pouco, ainda pode ter influenciado negativamente o Nintendo 64, esse com hardware bem inferior. Outro fator que pesou, e ainda pesa para qualquer empresa, foi a pirataria.

Scan de uma revista Recreio minha de 2000. Preços até que interessantes pros dias de hoje, mas o salário na época não era grande coisa, rsrs

Em 4 de março de 2002, quase 1 ano após o lançamento americano, foi lançado o GameBoy Advance no Brasil. Foi um portátil até com boas vendas no Brasil, mas por ser mais caro, obviamente o público dava mais visibilidade para o GameBoy Color. No mesmo ano, no dia 23 de agosto, também quase um ano depois dos EUA, foi lançado o GameCube, por cerca de R$1200,00 e com jogos na casa de R$250,00 (hoje, com um salário bem maior, achamos esse preço um roubo, imagina na época). Bem, com preços assim, e a já conquista de mercado do PlayStation 2 e sua pirataria desenfreada, a situação claramente iria terminar mal.

Em 2003, alguns meses antes da parceria entre Nintendo e Gradiente completar 10 anos, a Gradiente anuncia o fim da produção de produtos Nintendo. Segundo a empresa, a distribuição de produtos Nintendo estava gerando muito prejuízo, e com alta do dólar a situação só estava piorando. Assim, ocorre o fim da primeira fase da Nintendo no Brasil. A grande parceria realmente gerou grandes frutos em mais de 9 anos, isso graças à um enorme investimento da Gradiente na causa, criando propagandas, comerciais e até mesmo websites para o Nintendo 64 e para a franquia Pokémon. Junto a Sega e TecToy, foi uma das parcerias mais lendárias já feitas, sendo de extrema importância para o mercado atual de games, mostrando erros e acertos para Sony e Microsoft serem o que são hoje no Brasil (ou até mesmo 3rd parties, como a Ubisoft).

Outra scan daquela mesma revista, sendo aqui possível ver antigos fan-sites de Pokémon, além das páginas oficiais de N64 e Pokémon do Brasil

E assim, mais uma parte se conclui. Já tenho muito material pronto, mas não sei exatamente em que ordem será colocada, mas já adianto que irei tratar até mesmo de animes, mangás, entre outras coisas, quem sabe até mesmo algo mais grandioso sobre Pokémon somente. Por hoje é só, espero que tenham gostado. Deem também sugestões, ou até mesmo, caso queiram, cooperem com mais material, como scans ou mais vídeos raros, dai qualquer coisa anexo ao artigo. Até a próxima!
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